PROCRASTINAÇÃO: O grande mal da humanidade moderna

O que você poderia fazer (e não está fazendo) capaz de causar uma tremenda alteração positiva em sua vida pessoal e profissional, se feito de maneira constante?

            A Procrastinação hoje é um dos maiores e piores comportamentos de auto-corrupção que está afundando nossa sociedade. A Desorganização Mental traz muitos problemas, mas o principal problema que deve ser reparado com urgência é a Procrastinação, pois hoje é a que mais emperra o processo evolutivo pessoal e profissional e, que, infelizmente, atinge todas as pessoas, algumas mais, outras menos, mas todas sofrem desse mal em algum nível.

            O Procrastinador é aquela pessoa que se prepara para fazer algo muito importante, que ela já vinha adiando há alguns dias, mas que enfim conseguirá executar. Porém, justamente na hora que irá colocar a ‘mão na massa’, se lembra de que para fazer aquilo é FUNDAMENTAL, antes, organizar as gavetas do escritório, gavetas essas que nunca lhe incomodaram até então limpar as caixas de e-mail, inbox do Facebook, mensagens do WhatsApp. Os procrastinadores crônicos são aqueles que passam o dia todo completamente, ocupados, mas com coisas que não são as que de fato os levam a conquistar os elementos essenciais da sua felicidade.

            Eis alguns indícios e formas de procrastinação com os quais qualquer pessoa pode se identificar em algum momento da sua vida – (https://www.oficinadepsicologia.com/procrastinacao/):

• Pensa que ao ignorar uma tarefa ela desaparecerá? Age de acordo com esta ideia?
• Vive para o momento? Tem uma baixa tolerância à frustração? Adia sistematicamente as tarefas, sempre que é possível e, quando não é, queixa-se dizendo que se sente pressionado pelos prazos apertados e que é incapaz de trabalhar tão bem como poderia caso tivesse mais tempo?
• Estabelece objetivos perfeccionistas e irrealistas? Receia não conseguir desempenhar tão bem quanto sonhava? Tem dificuldades em passar da fantasia à ação?
• Persiste de forma sistemática em apenas uma parte ínfima da tarefa? Escreve e volta a escrever o parágrafo introdutório de um texto, descuidando o corpo e a conclusão do mesmo?
• Engana-se a si própria substituindo uma tarefa importante por outra aparentemente relevante?
• Procura constantemente agradar os outros? Sente que precisa da aprovação dos outros para ter confiança em si próprio?
• Será que dramatiza o seu compromisso para com uma determinada tarefa em vez de a realizar?
• Acredita que os sucessivos pequenos atrasos são inofensivos?
• Fica paralisado a decidir entre escolhas alternativas?
• Vê a si próprio como irresponsável, indisciplinado e preguiçoso? Sente-se preso à teia da procrastinação e encara as suas dificuldades como parte do seu destino?
• Engana-se afirmando que um desempenho ou alguns objetivos medíocres são aceitáveis para si?
• Será que subestima o trabalho envolvido na tarefa ou super-estima as suas capacidades e recursos?
• Será que procrastina relativamente às tentativas para mudar os seus comportamentos de procrastinação e simplesmente goza do estatuto social que essa atitude lhe confere?
• Se prestar atenção aquilo que diz a si próprio (a) encontra pensamentos deste género: “Vou esperar que tenha vontade para começar”; “Mereço celebrar hoje. A dieta começa amanhã”; “O meu problema de saúde não é muito grave. O tempo acabará por curar…”;

O QUE É PROCRASTINAÇÃO?

Procrastinação é:

• ‘Empurrar com a barriga’ tarefas, atividades ou ações que precisa executar.
• Priorizar tarefas menos importantes em vez daquelas que de fato deveriam ser executadas. (PICKLES, 2017)
• Tomar a decisão de não fazer nada mesmo se sabendo que a longo prazo isso será pior. (PICKLES, 2017)

ESTÁGIOS DA PROCRASTINAÇÃO:

1. Falsa segurança = “eu ainda tenho muito tempo”

2. Preguiça = começa a surgir a vontade de iniciar, mas ainda é muito pequena.

3. Desculpas = ações já começaram a ser feitas, mas, uma pequena interrupção já se torna desculpa para abandonar as ações.

4. Negação = o desespero começa a surgir, e começa a negar situações essenciais para sua sobrevivência para dar conta da tarefa: “Eu ainda tenho tempo… Não preciso me preocupar em dormir!”

5. Desespero = “Eu nunca mais vou deixar para última hora!”

MOTIVOS QUE NOS LEVAM À PROCRASTINAÇÃO:

• Porque não queremos lidar com sensações desagradáveis durante o processo de realização da tarefa. É uma forma de fuga de nossa mente que está a todo momento buscando prazer e preservação de sobrevivência. “É como ficar bêbado ou comer para se consolar: é uma estratégia que nos faz sentir melhor ao nos distrairmos com um prazer de curto prazo e esquecermos o problema.” (PICKLES, 2017)

Sensações desagradáveis podem vir de:

• Algo que não possui sentido para você, que não tenha a ver com seus valores de vida.
• Por medo de falhar quando realizar. Isso é reflexo do perfeccionismo (querer fazer tudo de forma perfeita sempre). E, como resultado a pessoa foge da execução da tarefa.
• Quando tenta muito, mas tem pouco resultado. Isso gera cansaço, e consequentemente a falta de vontade surge.
• Quando tem muito esforço, mas pouco reforço positivo (pessoas ou você mesmo não lhe elogia, não se recompensa) a consequência é a preguiça de executar a ação.

• Incapacidade de controlar emoções e impulsos.
• Nossa genética: Um estudo publicado no jornal Psychological Science identificou um possível gene da procrastinação. O fato é que nossos ancestrais não tinham o hábito de planejar o futuro e acabavam tendo de tomar frequente decisões em razão do momento, inclusive para sobreviver. Nossos ancestrais, por exemplo, saíam para buscar alimentos, mas durante o percurso surgia um predador, então, eles tinham de abandonar o plano maior da caça e se concentrar ali no presente, naquilo que se apresentava bem à frente deles, concentrando-se na própria proteção e sobrevivência.

Não temos predadores reais na nossa rotina diária da vida moderna, mas a quantidade de distrações que surge com propagandas, redes sociais, notificações de e-mails, mensagens de WhatsApp e um monte de outras informações acaba virando nosso ‘predador’. Ou seja, deixamos o objetivo principal do dia para nos concentrar naquilo que acabou de “pular” à nossa frente.

Quer saber como controlar sua procrastinação?

Então, não deixe de ler nossa próxima publicação!

Pâmella Streb

Psicóloga e Organizadora de Vida